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29 | jun | 2022

A Formação Ecofeminista propõe fortalecer mulheres lideranças de lutas pela defesa de seus territórios e saberes

O projeto Formação Ecofeminista para o Bem Viver, uma realização do movimento Canteiros Coletivos, com suporte de Motirô BA e financiamento do Fundo Casa Sociambiental, proporcionou, ao longo de dois meses de 2021, encontros e mentorias online como um espaço de trocas de conhecimento e de fortalecimento político para mulheres líderes ou que estão assumindo papel de liderança em organizações atuantes em contextos de conflito ambiental em Salvador e na Bahia. O encontro de abertura, no dia 4 de outubro, contou com a participação de Mãe Beth de Oxum, Iyalorixá do Ilê Axé Oxum Karê, mestra coquista e comunicadora pernambucana, com mais de 30 anos de atuação em Olinda, e que conquistou o título de Patrimônio Vivo de Pernambuco em agosto deste ano. A Formação teve apoio da Aliança Gagga (Global Alliance for Green and Gender Action) e do Fundo Socioambiental Casa.

Como forma de estimular e apoiar as participantes, a formação ofereceu uma bolsa para oito mulheres: Bárbara Ramos, do Movimento dos Pescadores e Pescadoras Artesanais (MPP); Driele Amunã, da Rede Nacional de Feministas Antiproibicionistas (Renfa), Jeane dos Santos, do Movimento Nacional dos Catadores e Catadoras de Materiais Recicláveis da Bahia (MNCR/BA), Juliana Santos Silva, do Movimento Sem Teto da Bahia (MSTB), Fátima Gavião, do Coletivo Mulheres de Fibra Calabar, Michele Almeida, da Cooperativa de Coleta Seletiva, Processamento de Plástico e Proteção Ambiental (Camapet), Solidade dos Santos Rodrigues, da Associação dos Moradores de Cassange, e Suzany Varela Felix, do Centro Cultural que Ladeira é Essa?.

A FORMAÇÃO

Ao longo dos meses de outubro e novembro, foram oferecidos oito encontros com educadoras e convidadas para falar sobre temas como ativismo digital, mulheres na política, e manifestações em grandes marchas, por exemplo, trazendo à tona depoimentos de experiências reais, estratégias de lutas, conquistas, e aprendizados sobre legislações ambientais e justiça climática. Os temas foram desdobrados em novas discussões durante encontros semanais com duas mentoras, que fizeram a escuta das problemáticas trazidas por cada bolsista, provocando debates sobre caminhos possíveis para o fortalecimento de suas lutas.

Como forma de experimentar na prática o uso de alguns instrumentos de mocráticos, as bolsistas foram desafiadas a engajar suas comunidades na mobilização de assinaturas para o Projeto de Lei de Iniciativa Popular Escola Verde, criado coletivamente por representantes de 18 escolas públicas na última edição do Projeto Escola Verde com Afeto (2020) com o objetivo de garantir a arborização e a extinção de resíduos irregulares no entorno das escolas públicas da cidade de Salvador.

Por fim, as bolsistas tiveram a tarefa de, conjuntamente, participar dos encontros da Frente Parlamentar Mista Ambientalista da Câmara Municipal de Salvador, e de realizar coletivamente uma audiência pública sobre um tema que reunisse suas lutas.

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